Violino Feito em homenagem ao compositor Flausino Vale, feito em 2011.
baseado nos projetos de Antonio Stradivari, filete ornamentado.
Flausino Vale era jornalista, escritor e poeta. Escreveu e colaborou em vários jornais do país como cronista musical. Interessou-se por tudo que fosse brasileiro e publicou debates sobre a autóctone dos índios. Escreveu um tratado sobre folclore musical e um ensaio sobre músicos mineiros.
Publicou um livro de poesias - Calidoscópio, e escreveu outro que permanece inédito, com o prefácio de Augusto de Lima. Foi também poeta, autor de "Calidoscópio", seu único livro de poesias publicado. Além destes, escreveu "Ânfora de Rimas", "Lérias e Pilhérias" (contos anedóticos), "Provérbios" e "Elementos de Folclore Musical Mineiro".
Flausino Vale interessava-se por tudo; lia ininterruptamente, anotando e comentando à margem. Estudava história, e técnicas musicais de harmonia e contraponto, ciências, literatura brasileira e estrangeira, filosofia, religião, história natural, etnografia e arqueologia.
Flausino Vale foi um violinista sui-generis, o "Paganini brasileiro", segundo Heitor Villa-Lobos. Em 1930, Villa-Lobos estava de volta da Europa e encontrou no Brasil uma crítica hostil à sua produção musical e ao que ele considerava correto sobre educação musical para o país. Os dois músicos se encontraram nessa ocasião e devem ter se deliciado mutuamente com as idéias originas que tinham sobre a música brasileira. Muitas das concepções de Villa-Lobos para sua obra instrumental tiveram origem em encontros dessa natureza, com compositores e instrumentistas que "andavam inventando coisas" pelo sertão a fora.Flausino era o que se pode chamar "um espírito universal": advogado atuante, jornalista, professor de História da Música, poeta e escritor. Colaborava com vários jornais do país como cronista musical, publicou poesia, obras teóricas sobre música e debates sobre questões brasileiras, a fauna e os índios, de quem ele era veemente defensor.Mas ele foi acima de tudo um compositor com idéias próprias. Autodidata e desbravador, aparentemente isolado do mundo numa Belo Horizonte dos anos 20, ele conhecia perfeitamente o repertório musical de todas as épocas. Dominava com facilidade as composições para violino de Bach, Beethoven, Paganini e dos compositores da escola franco-belga.Como um Guimarães Rosa da música instrumental, criou seu próprio vocabulário musical. Compôs, sem "fazer média" com o público, um discurso melódico e rítmico típico do sertão brasileiro. Ao contrário do que acontece hoje entre os adeptos da globalização cultural, a ligação de Flausino com a cultura européia veio fortalecer as potencialidades da música instrumental brasileira e não submetê-los a estereótipos de conservatórios.Compôs 26 prelúdios para violino cujos títulos revelam a autenticidade de sua inspiração: Batuque, Casamento na Roça, A Mocinha e o Papudo, A Porteira da Fazenda, Pai João, Viva São João, A Casinha Pequenina, Serenata Onírica, O Canto do Sabiá, e outros. Produziu música para canto, corais orfeônicos, partituras onomatopéicas, peças para pequenos conjuntos musicais e orquestras de cinema mudo.A importância da música de Flausino revela-se nas execuções públicas e gravações que fizeram de seus prelúdios concertistas internacionais. Jascha Heifetz editou o prelúdio "Ao Pé da Fogueira" nos Estados Unidos, executou e gravou esse prelúdio na década de 40.
medidas
comp. do corpo 362 mm
largura superior 168 mm
largura do meio 108 mm
largura inferior 208 mm
corda vibrante 327 mm
Um comentário:
voce esta vedendo
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