quinta-feira, 16 de outubro de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
Rabeca Nordestina "Mandacarú" 2014
A rabeca, embora muito se confunda, não tem muita coisa em comum com o violino, a não ser por ser um instrumento de cordas tocadas com um arco, ou seja, friccionado.
A rabeca tem uma grande tradição no interior do Brasil, em São Paulo ela é muito usada em festas religiosas, tais como Folia do Divino, a Folia de Reis e a Dança de São Gonçalo.
No nordeste é usado muito em bandas de forró, e um fato interessante é que a rebeca foi o primeiro instrumento melódico encorporado nesse tipo de formação, antes mesmo da sanfona.
Embora muitos chamam a rebeca brasileira de rabeca "nordestina" eu creio que seu nome venha do instrumento rabab,que é um instrumento antecessor, creio que o termo mais preciso para designar este instrumento nacional, deve ser, Rabeca Brasileira.
As rabecas brasileiras podem ser feitas de diversos tipos de madeiras, eu por exemplo usei para faixas, tampo e braço, a caxeta, e para fundo cedro.
Não existe um desenho definitivo em seus formatos, eu usei um modelo próprio, e pouco rustico.
A sonoridade da rabeca é interessantíssima, porem não há muita semelhança com o som e timbre do violino.
Rudson Di Cavalcanti
Eu digo sempre que das três virtudes teologais chamadas, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança.
Ariano Suassuna.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Cola Animal
A cola animal teve origem no Egito há mais de 3.300 anos atrás. Por volta de 1690, a cola foi pela primeira vez fabricada comercialmente na Holanda, e logo após, na Inglaterra. A padronização do produto foi feita em 1827 por Peter Cooper, que testava a rigidez do gel obtido pela cola e classificava o produto segundo a "dureza" do gel, ou seja, quantas gramas de peso são necessárias para que uma peça de um formato padrão penetre uma determinada profundidade de gel.
A maior fábrica de cola animal do mundo, Peter Cooper Corps., localiza-se na margem ocidental do lago ichigan aproximadamente vinte minutos ao sul de Milwaukee. A cada dia são produzidas 20 toneladas de cola animal granulada. Até recentemente eu achava que colas de PVA tinham condenado a cola animal à extinção. Porém a cola animal está muito longe de se tornar obsoleta. De fato, após ler este artigo você pode decidir se há um lugar para ela em seu trabalho com madeira. Uma de suas características, por exemplo, dá à cola animal uma vantagem decisiva sobre as colas de PVA- cola animal aceita pigmentação (tingimento).
Tratarei aqui de desfazer alguns mitos a respeito da cola animal e fornecerei algumas informações uteis.
- PVA (cola branca)
A cola PVA é mais forte que a cola animal?
Não, a cola animal permite fazer juntas mais resistentes, e muito menos variáveis que as com PVA, a cola animal não deforma,resiste a temperatura seca de até 200 º C , uma boa junta feita com cola animal é das mais fortes possíveis em comparação com qualquer adesivo. Mesmo as mais fracas colas animais produzem juntas que são mais fortes do que a própria madeira. A cola animal é tão resistente que pode ser usada como mascara para jatos de areia; é tão forte que uma pelicula aplicada sobre uma placa de vidro encolhe ao secar lascando assim do vidro (faça este teste). Este é o primeiro principio da arte de desenhar em vidro. Das diversas classes de cola animal existentes, a preferida para desenhar em vidro é uma das mais fracas, porque as mais fortes são muito agressivas, arrancando assim lascas enormes ao secar. Isto desfaz o mito de que a cola animal é fraca.
Cola animal tem grande durabilidade?
Sim, quando a colagem feita com cola animal se abre, geralmente o problema é que a junta não foi feita com grande pericia, sendo o contato madeira-madeira insuficiente, Nas tumbas do Egito fora encontradas peças de mobiliário de 3000 anos com juntas coladas em perfeito estado.
Cola animal não tem flexibilidade?
não necessariamente, é realmente muito rígida, mas existem aditivos que podem ser usados para conferir flexibilidade á cola animal. Glicerina é um dos mais usados. mistura-se 10 a 20 % do peso seco da cola, reduzindo a quantidade de água usada na mesma proporção. A glicerina retarda a Geleificação da cola, aumentando o tempo de trabalho além de tornar a cola mais flexível. (não recomendo isso no trabalho com instrumentos de musica).
Como Funciona?
A cola animal "gruda" de duas maneiras diferentes. a primeira "pega" depende da classe da cola animal e da temperatura. Ao se resfriar, as cadeias de proteínas formam uma estrutura mais ou menos parecida com um velcro, ancorando-se umas as outras. Esta "pega" inicial ocorre dentro de um período de crítico de tempo para uns tipos de cola animal, em segundos, rápido demais para uso em trabalhos com madeira, mas essencial para uso em industrias tal como para a fabricação de papel. Após a geleificação, a cola perde o seu poder de adesão (colagem "fria"). A segunda "pega" ocorre quando a água da cola é absorvida pela madeira. Isto leva aproximadamente 24 horas, embora os grampos possam ser removidos com segurança duas horas após a colagem, a não ser que a junta esteja sobre tensão. Após a cura, a cola animal permanece solúvel em água, o que permite a desmontagem das peças para reparo, porem outros solventes como álcool, óleos ou mesmo gasolina não a afetam.
A cola usada em trabalhos com madeira não deve geleificar muito rapidamente. Dependendo do trabalho, um tempo maior é desejável, como por exemplo na marchetaria. o tempo de geleificação depende antes de mais nada da classe da cola animal. as várias classes de cola são obtidas a partir da mesma matéria prima (peles, ossos, tendões, cartilagens, etc. de animais misturado com cal) por aquecimentos sucessivos. A primeira cola obtida é a mais rápida e clara. As extrações seguintes resultam em uma cola cada vez mais escura e de geleificação mais mais lenta. (vale lembrar que a gelatina comestível e a gelatina fotográfica são obtidas da mesma maneira, apenas sob condições um pouco diferentes, e com controle mais rigoroso, sendo assim também são tipos de cola). estes produtos são classificados segundo os padrões industriais aceitos que, a grosso modo, consistem em medir a firmeza do gel obtido a partir das colas, que varia de até 30 gramas para as colas mais fracas e de até 500 gramas para colas excepcionalmente fortes. O tempo de geleificação também depende da temperatura. Num ambiente frio, e trabalhando com peças frias, a cola geleifica mais rapidamente, que o usual, e vice-versa. O aquecimento das peças após a colagem reliquifica a cola permitindo em alguns casos uma colagem mais satisfatória. Aumentando a quantidade de água, também se consegue um tempo de trabalho maior. Mas a proporção água-cola não deve ser muito diferente daquela indicada para cada tipo de cola. Existem ainda outros recursos a serem usados no caso de colagens demoradas, ou em ambientes frios. A adição de pequenas quantidades de ureia, por exemplo, retarda a geleificação sem interferir no poder colativo. com a ureia se obtêm uma cola liquida fria, que dura pelo menos uma semana. outros aditivos podem ser usados. De fato, qualquer acido, incluindo o alho e o suco de limão, retarda a geleificação da cola porque ele ataca quimicamente quebrando as grandes cadeias de moléculas que se entrelaçam para dar força à cola.(o resultado será uma junta relativamente mais fraca).
a cola animal não preenche espaços. a colagem depende da ligação química entre cola e madeira. A cola não tem que penetrar nos poros da madeira, o que é outro mito, basta lembrar que a colagem de topo não funciona, e que a cola animal adere muito bem em superfícies lisas e não absorvente como o vidro.Consegue-se as melhores juntas a partir de superfícies de madeira quimicamente limpas que se ajustam com precisão. O procedimento a seguir no momento da colagem também é importante. É melhor aplicar quantidade suficiente de cola em uma das superfícies para transferir à outra parte, do que passar partes finas de cola em ambas as superfícies, o que faz a cola esfriar muito mais rápido. Deve-se lembra também que há limites de temperatura de trabalho da cola, que não deve ser maior do que 70º C, caso contrario a cola "cozinha", quebrando as cadeias de proteínas, enfraquecendo.
A cola animal granulada tem validade indefinida e se conserva por muitos anos se mantida seca. O recomendado é preparar cola fresca diariamente. A cola se mantem facilmente por 8 a 10 horas se coberta para impedir evaporação excessiva.
Eu costumo preparar minhas colas com 30% de cola para 70% de água em colagens fortes, e 20 % de cola para 80% de água para colas mais fracas. é interessante observar que, quanto mais forte a cola, mais água ela absorve.
Considere a porcentagem de ureia em relação ao peso seco da cola. A 70º C, a adição de 15% de ureia aumenta o tempo disponível para colagem.
Rudson di Cavalcanti.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Jullian Rachlin e o Stradivai "Liebig" 1704
No dia 25 de abril de 2012, esteve no instituto Bacarelli, o violinista Austriaco Jullian Rachlin, que possui o Stradivari de 1704 chamado de Liebig.
Eu como não poderia perder a oportunidade, levei a ele dois violinos de minha autoria, o inspirado em Stradivari de 2012, e o violino Ornamentado de 2011.
Jullian ficou encantado com minha ornamentação, testou o violino e fez vários elogios. Porem foi do violino mais novo que ele gostou mais, logo após fazer uma exuberante escala maior, Jullian, em frente a uma plateia de violinistas do instituto, tocou quase inteira a Chaconna da 2ª partita de J. S.Bach.
Após terminar de tocar meus instrumentos, de dizer coisas maravilhosas sobre eles, Jullian me oferece seu Stradivari, e diz para que eu ficasse a vontade em olha-lo, imaginem minha emoção, logo aceitei a oferta de Jullian e me pus a olhar o trabalho do grande mestre.
Não contente Jullian Pega sua viola feita por Niccola Bergonzi em 1786, vejam é Niccola Filho de Carlo, e me mostrou, o trabalho do mestre cremonense também.
Foi uma ótima experiencia ter meus violinos tocados por um violinista de tão alto nível, e ver os grandes instrumentos dos grande mestre também
Obrigado Jullian Rachllin
Rudson Di Cavalcanti Sola "As Quatro estações" na Virada Cultural de São Paulo
Neste ultimo sábado dia 5 de maio de 2012, em São Paulo aconteceu a Virada Cultural, muitos eventos e grandes apresentações, dentre as quais eu fui convidado para ser o violino solista de "As quatro estações" do violinista italiano Antonio Lúcio Vivaldi.
Peças estas que tem um destaque grande em minha carreira como musicista, embora este blog seja sobre luteria, gostaria de dividir esta alegria com todos vocês, o concerto foi maravilhoso, e as fotos ficaram lindas.
Eu toquei em meu violino inspirado em Stradivari que se mostrou ótimo e superou as expectativas
logo colocarei os videos do concerto.
Grande abraço e musica boa sempre!!!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Violino inspirado em Antonio Stradivari, feito em 2012
comprimento do corpo 355 mm
largura superior 168mm
largura no meio 110 mm
largura inferior 210 mm
verniz rosso cremonense
Jullian Hachllin aprovou este violino
"A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte." (Mahatma Gandhi)
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